Papo de Mercado: Qualquer Conta é Burra.
Revisando o cenário
- O relatório de inflação de março de 2020 mostra projeções consistentes, a nosso ver, com cortes adicionais de juros em 2020, não necessariamente na próxima reunião do Copom em maio.
- O documento indica ainda que a taxa Selic pode permanecer em nível próximo do mínimo por tempo considerável, com eventual alta somente a partir de 2021. Em paralelo, o crescimento do PIB foi revisado para 0% em 2020, valor acima de nossa projeção (-0,7%).
- O RTI também apresenta projeções de curto prazo para a inflação, para os meses de março a maio. Para este período, os números do Banco Central estão cerca de 0,30 p.p. acima dos nossos. Considerando ainda os riscos decorrentes da pandemia do novo coronavírus, fica evidente a possibilidade de o BCB acabar se deparando com uma inflação mais baixa do que projeta hoje.
- Dentre os estudos apresentados, destaca-se, em função do atual contexto, o box sobre os efeitos do COVID-19 no mundo e no Brasil. Entre outras análises, o estudo traz estimações da sensibilidade do PIB brasileiro, e conclui que o crescimento da China tende a nos influenciar mais do que o desempenho do resto do mundo.
- Também é interessante a apresentação de um indicador diário de condições financeiras para o Brasil – que registrou sua mínima histórica (nível mais expansionista) recentemente, antes do estresse causado pela pandemia.
- Por fim, destacamos também a decomposição da inflação de 2019, segundo a qual choques de oferta (proteínas) e a alta do câmbio contribuíram para elevação de 1,35 p.p. da inflação com relação a 2018, enquanto a inércia favorável e as expectativas de inflação tiveram efeito negativo, de 0,77 p.p.
Desemprego estável em 11,5% com ajuste sazonal em fevereiro
- A taxa de desemprego alcançou 11,6% em fevereiro, em linha com as expectativas do mercado e nossa projeção (ambas em 11,6%). Com ajuste sazonal, a taxa de desemprego ficou estável em 11,5%.
- A taxa de subutilização também ficou estável em 23,5%, com ajuste sazonal.
- A massa salarial real cresceu 1,9% em relação ao mesmo período de 2019.
Déficit primário de R$ 20,9 bilhões em fevereiro
- O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 20,9 bilhões em fevereiro, próximo a nossa projeção e o consenso de mercado (em R$ 21,2 bilhões e R$ 21,5 bilhões, respectivamente). O governo central registrou déficit de R$ 25,9 bilhões pela metodologia do Tesouro Nacional (a partir da diferença entre receitas e despesas), próximo à nossa expectativa de R$ 26,8 bilhões.
- Governos regionais registraram superávit de R$ 5,2 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram superávit de R$ 0,7 bilhão. No acumulado em 12 meses, o déficit primário consolidado permaneceu em 0,7% do PIB.
- A dívida bruta do governo geral subiu de 76,1% para 76,5% do PIB entre janeiro e fevereiro, enquanto a dívida líquida recuou de 54,1% para 53,5% do PIB, refletindo a desvalorização cambial no mês. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal, excluindo swaps, recuou de 5,6% para 5,5% do PIB.
- A contração da atividade econômica e as medidas tomadas para suavizar o impacto da crise do coronavírus levarão a uma forte piora nos resultados fiscais de 2020, mas é fundamental que não sejam criadas despesas permanentes, de modo que o ajuste fiscal gradual proporcionado pelo teto de gastos seja retomado de 2021 em diante.
O retorno bruto da carteira R&F Partners acumulou -17,78% (somado as operações do Trade Cash + proventos sobre dividendos) no acumulado de 2019 (fechamento 01/04/2020), comparado ao retorno de -36,77% para o Ibovespa no mesmo período. Isso equivale a dizer que a carteira R&F Partners, concentrada em poucas ações, apresentou retorno +18,99% superior ao seu principal índice de referência.
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